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Tremor

by Guilherme Eddino

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1.
Tremor 04:24
Eu fico trêmulo, tremendo nas bases Até você me perguntar "o que trazes pra mim?" Eu sigo em fuga, quatro vozes sem margem De erro, e nem alguma falsa passagem para um tom menor São dez com dezessete anos de idade Botando fogo em cada velho estandarte no ar Abrindo becos pelos morros da vida Janelas na imaginação dolorida de ânsia por gritar Tudo aquilo que a gente teme Que a gente vai levando pela frente sem timão Tudo aquilo que a gente encontra Como a nota que se vibra na canção Até que um dia bate o desespero De sentir o cheiro, o toque e o sabor Até que um dia esse tremor da vida Se acalma e vai virando um toque de tambor
2.
Um botão que não se abriu já bastou pra me enterrar Mas a rosa que surgiu está presa em meu olhar No silêncio que sobrou, na poeira desse lar No vermelho que restou e na imensidão do mar Um botão que não se abriu já secou um grande mar Todo um mundo destruiu, fez a luz se apagar E eu espero em meu porão até a rosa me iludir E um estranho dar-me a mão e o espinho se partir Mesmo que essa rosa espere sem possível salvador O espinho sempre fere mas eu não sinto mais dor
3.
Tudo que eu mais quero agora: Estar na sua frente E te dizer o que escondi O que ninguém mais sente Tudo aquilo que me exige Tanto pra contar Tudo que eu tenho certeza Que vai tirar as coisas do lugar Tudo que eu mais quero agora: Estar na sua frente E começar tudo outra vez Mas esquecendo que talvez Não seja assim Não seja assim Não seja assim Tão diferente Não Não seja assim Não seja assim Não seja assim Não, não, não, não, não, não
4.
Febre 03:46
Beijo que essa vida é curta Que essas águas correm sem destino Sem caminho pela madrugada e essas flores morrem Luzes se apagam sem pecado, sem perda total Beijo que essa noite é longa E o desassossego vira calma, corpo morto, viva alma Beijo que transforma em pedra Quebra feitiço, apara arestas Abre os olhos, que congela e ferve Beijo que te quero quente Que te quero febre Que me quero ardentemente Mas quem sabe se essa brasa ainda vai queimar? Beijo que te quero quente Que te quero febre Que me quero ardentemente Mas quem sabe se essa brasa ainda vai queimar? E beijo que um motivo basta Não há desculpa pela minha falta de toda ternura Deixo a minha marca sobre a boca tua, pele arrepiada Beijo que essa paz termina, vira uma piada Dessa nossa sina fica quase nada Beijo que me dá saudade, saudade e fúria Sempre tão selvagem mesmo pela estrada escura Beijo que te quero quente Que te quero febre Que me quero ardentemente Mas quem sabe se essa brasa ainda vai queimar? Beijo que te quero quente Que te quero febre Que me quero ardentemente Mas quem sabe se essa brasa ainda vai queimar? Até o dia raiar Até a fera que mora aí dentro conseguir escapar Pra me devorar Beijo que te quero quente Que te quero febre Que me quero ardentemente Mas quem sabe se essa brasa ainda vai queimar? Beijo que te quero quente Que te quero febre Que me quero ardentemente Mas quem sabe se essa brasa ainda vai queimar?
5.
Mea Culpa 04:10
Essa culpa que me vem desde que eu te aprisionei Trouxe junto aquela dor que, de onde vem, não sei Essa culpa que me vem desde que eu te aprisionei Trouxe junto aquela dor que, de onde vem, não sei Você veio sem surpresa, um brinquedo sem razão Logo veio essa certeza que me toca o coração Os seus olhos só brilhavam contra o sol da tarde azul Mas a noite te acordava se eu não apagava a luz Essa culpa que me vem desde que eu te aprisionei Trouxe junto aquela dor que, de onde vem, não sei Essa culpa que me vem desde que eu te aprisionei Trouxe junto aquela dor que, de onde vem, não sei Todo dia a sinfonia não parava até o luar Mas logo raiava o dia pra outra trilha começar E numa manhã de sempre o silêncio se instalou Asas já não mais batiam, olho negro se fechou Essa culpa que me vem desde que eu te aprisionei Trouxe junto aquela dor que, de onde vem, não sei Essa culpa que me vem desde que eu te aprisionei Trouxe junto aquela dor que, de onde vem, não sei Sua pena sem o vento foi virando só raiz E a voz que era lamento, de repente foi feliz A raiz daquele tempo, eu sei, não tarda a brotar A raíz de uma canção que eu nunca vou saber cantar Essa culpa que me vem desde que eu te aprisionei Vem ao lado da saudade das canções que eu já cantei Essa culpa que me vem desde que eu te aprisionei Vem ao lado da saudade das canções que eu já cantei
6.
Necessidade 04:21
Quando me dizem, me perguntam pra que serve Pra que tanto tempo, tanto solo carpido Tanta lavoura sem fruto, tanto negócio falido Quando me zombam, pra que toda essa soberba Tanta reticência, tanto amargo na língua Toda essa falta de ginga, mesmo que você consiga Por favor, Dona Necessidade Não vá me levando motivos Inventando uma verdade Me cobrando a cada tanto de coragem Cada caso honesto E no fim das contas a canção é a chantagem Que me me estende as mãos Mas me abandona Quando me cobram pra que eu gere gentileza Foque na raposa e corra como cabrito Viva em humilde nobreza, fingindo que eu acredito Que a necessidade chega sem avisar Levando meus cigarros, minha sala de estar Meu medo, meu relógio, meu prazer, meu penar E o meu esmero por mensagem subliminar Por favor, Dona Necessidade Não vá me levando motivos Inventando uma verdade Me cobrando a cada tanto de coragem Cada caso honesto E no fim das contas a canção é a chantagem Que me me estende as mãos Mas me deixa pra trás Mas me deixa pra trás
7.
Na Estrada 03:48
Diga a todos que eu mandei lembranças Avise os seus avós e as crianças que esse avião já vai partir Finda a temporada dos amores Parece até que as cores desbotaram quando mais deviam reluzir Seja Tokyo, Austin, Noruega Desde quando sempre se navega sem tomar o leme pra si só? Talvez eu volte lá de Roma ou Dublin Mesmo num clima sub-qualquer coisa, quente ou congelante de dar dó E mesmo que eu diga goodbye, adiós e auf wiedersehen Algo de mim vai ficar bem aqui também Quando a cidade é cinza e o tempo é lento Já chega, eu não espero mais até que o vento mude pra me deixar levar Eu encho a minha mala de saudade e torço pra que o medo que me invade vire força pra poder encarar E quando eu estiver ali na esquina Talvez eu também chore, então me diga que todo começo chega no fim Mas não se prenda a essa foto antiga Se há uma mão amiga que te leve adiante os dias bons e os dias ruins E mesmo que eu diga goodbye, adiós e auf wiedersehen Algo de mim vai ficar bem aqui também E mesmo que eu diga goodbye, adiós e auf wiedersehen Algo de mim vai ficar bem aqui também Algo de mim vai ficar
8.
Mesmo que um caminho errado faça tudo se perder Mesmo que uma escolha certa não resolva sem doer Mesmo que esse mundo não me ame nem me adore Eu sei que a esperança é a última que morre Mesmo que intenções tão boas não consigam desatar Mesmo que todas as portas fechem quando eu for passar Se você não tem saudade, se a memória se esgotou E se a ponte que cruzava esse oceano se quebrou Mas que pena, sempre sobra um coração sem sujeito Uma oração que nem é prece, um pretérito imperfeito Questão que não pergunta, um grito na garganta Mas sem palavra pois palavra não resolve coisa nenhuma, não tem jeito Só quando sobra um sujeito pr'esse coração Mesmo que sua casa queime sem ninguém pra te salvar Mesmo que seu poço seque e o vento pare de soprar Que essa corda se arrebente e a escada chegue ao fim Que a palavra soe ausente mesmo quando um dia disse "sim" Mas que pena, sempre sobra um coração sem sujeito Uma oração que nem é prece, um pretérito imperfeito Questão que não pergunta, um grito na garganta Mas sem palavra pois palavra não resolve coisa nenhuma, não tem jeito Só quando sobra um sujeito pr'esse coração Pr'esse coração
9.
Lá de onde eu vim Será que tudo ainda está no seu lugar? Lá de onde eu vim Será que tudo ainda está no seu lugar? Lá de onde eu vim não tem segredo, eu lembro Que não tinha medo no meio das cores, das torres Na fortaleza de amores tão cheia de gente que ri e que chora de toda a maldade da vida Mas até nossas hortas acabam se o sol já não vem E os restos de feira caídos na esquina, sem eira nem beira Um bar, um presépio vazio, um castelo sem rei Às vezes parece que cada notícia que chega no vento Me traz num momento de volta ao lugar de onde eu vim Pois esse começo de tudo só morre no fim E hoje eu penso em Lá de onde eu vim Será que tudo ainda está no seu lugar? Lá de onde eu vim Será que tudo ainda está no seu lugar? Seguir pelas ruas que nunca terminam na sombra das folhas Seguir pela selva sem nunca saber quem vem lá Os gatos se escondem no meio dos carros e cantam pra noite E lá na distância, a estrada não para jamais Que pena que o Capibaribe de Sampa não tem tanta pompa Na proa do barco que leva pra terras mais vis Bandeira de bandeira branca hasteada, ceifando poemas Driblando a criança com cada palavra que diz Que lá no fundo só quer ser feliz E hoje eu penso em Lá de onde eu vim Será que tudo ainda está no seu lugar? Lá de onde eu vim Será que tudo ainda está no seu lugar? E todo dia aquela estrada me chama E todo dia aquela estrada me chama E todo dia aquela estrada me chama Pra seguir viagem Pra seguir viagem Lá de onde eu vim Será que tudo ainda está no seu lugar? Lá de onde eu vim Será que tudo ainda está no seu lugar?
10.
Aquários 04:56
É muito fácil de dizer que todos vão te entender E fácil de pensar que não há o que explicar Mas boatos vão correr e todos vão querer saber E as pedras vão quebrar essas janelas do seu lar É muito fácil caminhar em busca de sol e de mar Um sol que brilha e um mar que não vai me levar Mas sempre sobram sombras, sempre sobram conchas e corais E eu me pergunto se essa tempestade vai passar E nesse aquário sem águas revoltas Mas sem um horizonte pra alcançar Eu vou seguindo em círculos, sem freios Por uma embarcação que me leve ao mar É muito fácil de dizer "quem dita as regras é você" Se muitos nesse jogo nem sabem jogar E a minha mão de cartas não me leva ao prémio no final Mas essa noite eu venço sim, por bem ou por mal

about

All songs by Guilherme Eddino ©

Produced by Guilherme Eddino

Recorded by Henrique Polak and Paulo Amarante (Estúdio Armazém, São Paulo)
Mixing by Guilherme Eddino
Mastering by Samuel Bordon (Estúdio Abacateiro, São Paulo)
Photo and cover art by Xisto and Guilherme Eddino

credits

released April 10, 2015

Guilherme Eddino – vocals, guitars, keyboards, harmonica, ukulele, mandolin, percussion, arrangements
Luciano Montesanti – electric guitar
Nivaldo Maciel – bass guitar
Henrique Polak – drums and percussion
Daniel Hansoy – electric guitar (3,6,7) and acoustic guitar (9)
Paulo Amarante – trombone (7)

license

all rights reserved

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about

Guilherme Eddino São Paulo, Brazil

Singer/songwriter, musician, producer

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